segunda-feira, 4 de maio de 2009
Ciclo. Ou: Início. Ou: Ameaço. (Ou: Descompasso)
No claro do dia me calo e me ouço. Espero.
Suspiro, soluço e engasgo com o almoço.
Transponho a tarde. Me mostro.
E na escuridão me troco, me viro do avesso.
Sufôco este da noite, que nem sequer mereço.
Mas caço. E acho.
E me perco, me parto em pedaços.
Explodo.
Engano o cansaço. Num salto me solto.
Invento um som, uma forma, um passo.
Percebo o espelho, me assusto com o soco.
Me despeço dos sonhos, junto os cascos.
E sei o que eu sinto: a solidão é um saco.
E sem sofrer mais que necessito,
me desamasso.
Eta vida besta, meu deus.
Ou:
E a poesia desse momento inunda minha vida inteira.
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